Ex-cidadão americano, neurocientista chinês teve seu pedido de visto nos EUA rejeitado.

 

O neurocientista chinês Rao Yi, reitor da Escola de Ciências da Vida da Universidade de Pequim, acusou a embaixada dos EUA em Pequim de arrogância. Rao Yi, que já teve cidadania norte-americana, fez as acusações depois que a embaixada rejeitou seus pedidos de visto.

 

Dean Rao Yi estava programado para participar de um workshop de ciências em 23 e 24 de julho em Washington, a convite da National Science Foundation (NSF), uma agência do governo dos EUA com sede em Alexandria, Virgínia.

 

"A maioria das embaixadas tenta fazer mais amigos para seus países, [mas] a embaixada dos EUA é arrogante", disse Rao Yi, cuja candidatura foi provavelmente rejeitada por causa do processo de triagem introduzido recentemente para acadêmicos e estudantes da China como parte das medidas tomadas pela administração Trump "para ajudar na garantia da propriedade intelectual americana".

 

No mês passado, o Departamento de Estado dos EUA decidiu reduzir a duração dos vistos obtidos por cidadãos chineses, em particular, daqueles envolvidos em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), que são as áreas que Pequim considera como metas de alta prioridade para seu setor manufatureiro. O DHS argumentou que reduzir a validade de alguns vistos ajudaria a garantir a propriedade intelectual americana.

 

A embaixada em Pequim se recusou a fornecer detalhes sobre o caso, alegando que "não podiam discutir detalhes sobre casos de visto individuais".

 

"Se os EUA podem eleger um mentiroso como Trump para ser o presidente, é compreensível que sejam ignorantes na questão dos vistos", disse Rao Yi depois de chamar os EUA de uma mistura de inteligência e racionalidade, e estupidez e irracionalidade.

 

O neurocientista, de 56 anos, é doutor em neurociência pela Universidade da Califórnia, em São Francisco, e também fez pós-doutorado na Universidade de Harvard. Rao Yi tinha cidadania americana e trabalhou na Universidade de Washington no Missouri por dez anos, antes de voltar para a China em 2007.

 

A rejeição de seu visto é uma adição a uma série de rejeições de vistos para pessoas importantes pelos EUA. No início de janeiro deste ano, o primeiro ministro de Kosovo Ramush Haradinaj teve seu visto rejeitado pela embaixada dos EUA em Pristina, embora ele tenha sido convidado para participar de eventos em Iowa organizados pelo comandante da Guarda Nacional Major General Tim Orr.

 

O ex-ministro das Relações Exteriores argentino Timerman estava tentando conseguir um voo para os EUA para continuar seu tratamento médico no Hospital Mount Sinai, em Manhattan, quando descobriu que seu visto havia sido revogado.

 

Por outro lado, ao antigo chefe da NATO, Javier Solana, foi-lhe negada autorização de viagem depois que ele tentou renovar sua antiga autorização. Relatos afirmam que Solana, que foi convidado para falar em um evento em Washington organizado pela Brooking Institution, teve sua autorização de viagem negada quando tentou renovar a autorização mais antiga após seu vencimento, depois de ter viajado ao Irã em 2013. De acordo com o De acordo com as regras do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Solana agora teria que solicitar um visto pela via tradicional e passar por uma verificação completa.

 

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